sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Fazem o jogo da mídia e se preservam

Essa história de que Renan Calheiros foi salvo pelo governo, pelo PT ou pela oposição é difícil de sustentar. A campanha da mídia tornou Renan um fardo pesado. Sua sobrevida não ajuda o governo. E não existe lealdade entre os pares, nem no Senado nem na Câmara. Lá são todos caciques disputando espaço. E morrendo de medo de episódios que possam marcá-los com os eleitores.
Os senadores não entregaram a cabeça de Renan simplesmente por uma questão de auto-defesa. Pela primeira vez enfrentaram a mídia. Não foi como nas eleições, em que a vitória de Lula foi assegurada pelo povão, que ignorou as campanhas falsas e as denúncias verdadeiras.
Não existe setor mais sensível à mídia que os parlamentares. O que houve foi a reação contra o poder desmedido da mídia. Nem se vá minimizar o clima de indignação provocado pelas denúncias. Mas o poder da mídia consiste em mirar alvos individuais. E, desta vez, o Senado não deixou.
Essa história de que Renan Calheiros foi salvo pelo governo, pelo PT ou pela oposição é difícil de sustentar. A campanha da mídia tornou Renan um fardo pesado. Sua sobrevida não ajuda o governo. E não existe lealdade entre os pares, nem no Senado nem na Câmara. Lá são todos caciques disputando espaço. E morrendo de medo de episódios que possam marcá-los com os eleitores.
Os senadores não entregaram a cabeça de Renan simplesmente por uma questão de auto-defesa. Pela primeira vez enfrentaram a mídia. Não foi como nas eleições, em que a vitória de Lula foi assegurada pelo povão, que ignorou as campanhas falsas e as denúncias verdadeiras.
Não existe setor mais sensível à mídia que os parlamentares. O que houve foi a reação contra o poder desmedido da mídia. Nem se vá minimizar o clima de indignação provocado pelas denúncias. Mas o poder da mídia consiste em mirar alvos individuais. E, desta vez, o Senado não deixou.
Por Luís Nassif

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Diálogos durante a votação:

Noblat colunista do jornal O Globo postou os seguintes diálogos como intimidação,eu entendi de outra forma;Tire sua conclusão:

Renan Calheiros, fazendo a sua defesa: - Veja bem, senador Jefferson Perez. Eu poderia ter contratado a Mônica [Veloso, ex-amante dele] como funcionária do meu gabinete. Mas não o fiz.
Jefferson Perez: Calou-se, botou o rabo entre as pernas, pois Perez contratou uma amante com funcionária do seu gabinete.
Então foi a vez do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Renan disse olhando diretamente para ele:
Renan Calheiros: Senador Pedro Simon, a Mônica Veloso tem uma produtora. Eu poderia ter contratado a produtora dela para fazer um filmete e pendurar a conta na Secretaria de Comunicação do Senado. Eu não fiz isso.
Pedro Simon: Rabo entre as pernas, pois contratou a produtora da amante para fazer um filme do Senado.
Renan Calheiros: Senadora Heloísa Helena. A senhora sonegou o pagamento de impostos em Alagoas. Deve mais de R$ 1 milhão. Tenho um documento aqui que prova isso. E nem por isso eu o usei contra a senhora - disparou Renan Calheiros ao se defender da tribuna do Senado pouco antes de ser absolvido pela maioria dos seus pares.
Heloísa Helena, deu um estremelique (como a gente diz lá no sertão onde eu e ela mesma nascemos), mas não foi nada comparado ao que ele costuma soltar contra Lula.
Quando caiu o último pano, veio o José Agripino (DEM-RN) e, praticamente dando graças a Deus, falou:
- O Senado amarelou. Teve dificuldade de fazer aquilo que o Brasil queria.
Em seguida correu pro banheiro.

A mídia apartidária acertou de novo!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Relembrando lideres do passado para evitar eventual futuro:


Vou postar para quem não leu e vale muito a pena ler,alguns trechos da entrevista do ex-presidente e um dos principais interlocutores da atual oposição,Fernando Henrique para a revista Piauí de agosto:

“Que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está aí. A saúde melhorou, a educação melhorou e aos poucos a infra-estrutura se acertará. Mas não vai haver nenhum espetáculo de crescimento, nada que se compare à China ou à Índia. Continuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse desânimo.”

“Quais são as instituições que dão coesão à sociedade ? Família, religião, partido, escola. No Brasil, tudo isso fracassou.”

“No meu governo universalizamos o acesso à escola, mas para quê ? O que se ensina ali é um desastre.”

“A única coisa que organiza o Brasil hoje é o mercado. E isso é um desastre.”

“A parada de 7 de setembro é uma palhaçada.”

“Parada militar no Brasil é pobre pra burro. Brasileiro não sabe marchar. Eles sambam ... A cada bandeira de regimento a gente tinha que levantar, era um senta levanta infindável. Em setembro venta muito em Brasília e o cabelo fica ao contrário.”

“Os americanos têm os founding fathers ... A França tem os ideais da Revolução. Eu disse para os homens de imaginação: olha, a imaginação do povo é igual à estrutura do mito do Lévi-Strauss, ou seja, é binária: existem o bem e o mal. Eu fui eleito Presidente da República porque fiz o bem – no caso, o real. O real já está aí, eu disse. Chega uma hora em que a força dele acaba. O que vamos oferecer no lugar ? Ninguém soube me dar essa resposta. Eu também não soube encontrá-la.”

“Essa coisa de ser brasileiro é quase uma obrigação.”

“O problema do Brasil não é nem o esfacelamento do Estado. É algo anterior: é a falta de cultura cívica.”

“Como eu ia dizendo, é bom ser brasileiro: ninguém dá bola.”

(Ao sobrevoar Little Rock, no Arkansas, terra de Bill Clinton) “Parece o Mato Grosso ...” disse com um muxoxo.

(No aeroporto, ao sair da sala de espera dos viajantes de classe “econômica” e se dirigir para a sala reservada aos da classe “executiva”) “E eu sofrendo no meio do povo à toa.”

“Não acredito que o Lula tenha práticas de enriquecimento pessoal... O que há é que ele é um pouco leniente.”

“Já o Lula é o Macunaíma, o brasileiro sem caráter, que se acomoda.”

“O que houve não foi uma ruptura epistemológica no meu projeto intelectual, mas uma ruptura ontológica do mundo... No final da década de 80, não estávamos mais enfrentando teorias, mas a realidade. Olhamos o que existia e estava tudo em pedaços. Estávamos falidos. Fomos forçados a privatizar, não havia outro jeito.”

“Sou mesmo a única oposição, mas estou me lixando para o que o Lula faz. O problema é a continuidade do que foi feito.”

“ ... no Governo Sarney. Foi quando começou o loteamento dos cargos ... Com o PMDB, o que se loteou foi a máquina do Estado: ministérios, hospitais, todo tipo de órgão, até o mais insignificante, tudo. O Estado desapareceu, virou patrimônio dos políticos.”

(Num discurso no Clube de Madri, de ex-presidentes) Passa então a rechear sua fala com a “coesão mecânica” e a “coesão orgânica de Durkheim (mais tarde no táxi: “é o bê-á-bá da sociologia. Olhei em volta, vi que não tinha nenhum sociólogo e mandei ver.”).

“Fiquei cliente do Harry Walker, o mesmo agente do Clinton. Em média me oferecem 40 mil dólares (por palestra); ele fica com 20%... Em Praga, uma vez, como éramos um grupo de palestrantes, não cheguei a falar nem vinte minutos – pagaram 60 mil dólares. O Clinton chega a ganhar 150 mil.”

“Em restaurantes em Buenos Aires sou aplaudido quando entro. É que eu traí os interesses da pátria, então eles me adoram.”! A neta Julia, de 18 anos, balança a cabeça: “Como é que ele diz essas barbaridades ...”

Pois é,amigos...Isso nos conduz a acreditar nos candidatos que este cidadão nos indicar futuramente.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Pensar

"O sonho obriga o homem a pensar" Milton Santos

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Simulacro eo Poder (Marilena Chauí)

No fim de “Simulacro e Poder” Marilena Chauí diz: “... essa ideologia opera com a figura do especialista. Os meios de comunicação não só se alimentam dessa figura, mas não cessam de instituí-la como sujeito da comunicação ...Ideologicamente ... o poder da comunicação de massa não é igual ou semelhante ao da antiga ideologia burguesa, que realizava uma inculcação de valores e idéias. Dizendo-nos o que devemos pensar, sentir, falar e fazer, (a comunicação de massa) afirma que nada sabemos e seu poder se realiza como intimidação social e cultural... O que torna possível essa intimidação e a eficácia da operação dos especialistas ... é ... a presença cotidiana ... em todas as esferas da nossa existência ... essa capacidade é a competência suprema, a forma máxima de poder: o de criar realidade. Esse poder é ainda maior (igualando-se ao divino) quando, graças a instrumentos técnico-cientificos, essa realidade é virtual ou a virtualidade é real...” (Marilena Chauí)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Veja acima de qualquer suspeita?


Três opiniões a respeito de uma possível CPI do grupo Abril:

"Achei essa iniciativa um absurdo. Trata-se de uma evidente ameaça à liberdade de imprensa. Além disso, banaliza o sentido e o propósito de uma CPI." José Serra, governador de São Paulo.
"Uma CPI não deve servir para apurar questões que dizem respeito a operações comerciais, há outros foros para isso. Também não pode se transformar em objeto de disputa política, porque corre o risco de se desmoralizar." Aécio Neves, governador de Minas Gerais.
"É lamentável o desvirtuamento do conceito das CPIs. Elas não podem servir de instrumento para atender a objetivos que não aqueles definidos no foco de suas atribuições. Tenho receio de que essa proposta atenda a outros interesses." Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo.

E você,o que pensa???